Dia 127: Tatals Random Facts

Uma das coisas que eu mais gosto é descobrir, de pessoas que eu já conheço há tempos, coisas inusitadas que eu nem imaginava. Essas coisas que passam despercebidas em conversas e situações normais. Isso acontece muito com gente com quem não se convive diariamente.

Foi aí que eu resolvi fazer uma pequena lista de fatos aleatórios sobre moi praquelas pessoas com quem eu converso muito, mas convivo pouco. Amigos de internet que eu conheço há muito ou estou conhecendo agora. Acredito que essas informações, apesar de parecerem meros detalhes, dizem muito sobre uma pessoa.

Ainda tem muita, muita coisa, e eu pretendo continuar a lista futuramente. Por hora, eis alguns. Eu fui escrevendo o que ia vindo à mente, a fim de permitir que isso também possa ser usado como um meio de me conhecer.

Eu dirijo mal pra caralho. A não ser na estrada. Na estrada eu dirijo com gosto. Mas na cidade eu sou o tipo de motorista estressadinha que xinga e buzina.

Quando eu criei meu e-mail da UFMG, não queria algo muito sério, tipo ‘thaislombardi@…’, então juntei meu apelido, ‘Tata’, com as iniciais dos meus dois sobrenomes. TataLS. Acabei usando esse ‘apelido’ em todos as contas de site que abri daí em diante. Nessa época, no entanto, eu nunca imaginaria que um dia eu acabaria conhecida como “a Tatáus”.

Eu nasci em Barretos, mas cresci fazendo um tour pelo norte de São Paulo, graças ao papai que, na época, era bancário. Em outras palavras, cigano.

Eu tenho 3/4 de sangue italiano e 1/4 português. Da parte italiana, sou da quarta geração brasileira, enquanto da portuguesa sou da terceira. Desde que chegaram ao Brasil, estas são as famílias de antepassados que eu carrego: Capucho, Donato, Esparrinha, Fava, Grignolo, Lombardi, Orsolo, Pereira, Ronconi, Scavazzini, Vecchioli, Vicentini, Zanoni.

A família paterna é toda italiana. Toda do norte da Itália, especialmente do Vêneto. A materna é metade italiana, da Campânia (os Lombardi), e metade portuguesa, de Aveiro e o antigo distrito de Trás-os-Montes.

Tendo crescido entre um número razoável de japoneses, eu acabei me apaixonando pela cultura. Essa paixão foi uma das causadoras do meu interesse pela antropologia.

O outro causador foi o feminismo, que me fez querer conhecer melhor as sociedades matriarcais, matrifocais e matrilineares.

Não sei onde foi que começou meu feminismo, mas exemplos não me faltaram. Mãe, avó e bisavó sempre fortes: 1. Meu bisavô não discutia com a minha bisavó; 2. meu avô, que foi tolo o bastante pra ameaçar a minha avó, teve que correr tanto que foi parar lá no Pará. Levou 35 anos pra voltar; 3. meu pai nunca levantou a voz pra minha mãe. Sabia que era furada.

A história da minha avó é boa. Um dia, meu vô, bem do jeito machão italiano, ousou levantar a mão pra ela. Ela, tranquilamente, pegou os três filhos, colocou pro lado de fora e trancou a casa toda, portas e janelas. Virou pra ele e disse: “Pronto. Agora pode bater. Mas bate mesmo, com força, até matar. Porque se eu tiver força pra levantar um dedo, é você quem vai morrer.” Nunca mais.

Eu sou louca por tatuagens, mas medrosa o suficiente para não querer fazer. Eu não ligo de me ferrar durante uma luta ou quebrar o nariz no tatame, mas não posso ver uma agulha.

Adoro desenhar, mas fiz isso poucas vezes desde um trauma que tive há oito anos.

Comecei a aprender inglês com 6 anos. Parei com 14. Aos 18, comecei a trabalhar como telefonista bilíngue. Aos 21, fui morar numa pensão com outras dez meninas, quatro das quais inglesas. Tudo isso contribuiu para que eu tivesse uma boa base da língua.

Minha terceira língua é o japonês, claro. Ainda preciso melhorar muito, no entanto. Meu primeiro professor era o patriarca de uma grande família barretense e faleceu há um mês. :(

Outras línguas que eu comecei a aprender mas ainda não tive como continuar foram o norueguês e o islandês. Também quero aprender italiano (porque é uma vergonha eu não saber) e alemão.

Herdei o vício da família pelas cartas. Adoro pôquer. Também jogo buraco e caixeta. Outro vício, em se tratando de jogos, é a sinuca. Mas eu sou ruim de doer.

Estudei canto lírico e sonhava em tentar o vestibular para Música. Não levei adiante porque a família era contra.

Sou nojentíssima com comida. Não tenho coragem de experimentar nada. Razão pela qual, apesar do background japonês, eu só fui comer sushi aos 20 anos. Mas já comia sashimi. A única coisa que eu tinha coragem de encarar na mesa japonesa.

Um dia ainda quero ser falcoeira.

2 pensamentos sobre “Dia 127: Tatals Random Facts

  1. Adorei a história da sua avó: “meu avô, que foi tolo o bastante pra ameaçar a minha avó, teve que correr tanto que foi parar lá no Pará. Levou 35 anos pra voltar”… Eu e Rodrigo ficamos rindo sozinhos aqui.
    O seu post me deu idéia pra escrever sobre mim, também. Posso copiar a idéia (citando a fonte, claro)?

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